Marketing Human to Human
Consumidores são seres humanos com desejos, emoções e histórias únicas.


Marketing Human to Human


O Marketing Human to Human (H2H) enfatiza as pessoas não apenas como consumidores, mas como seres humanos com desejos, emoções e histórias únicas. Essa abordagem é essencial para empresas que buscam permanecer relevantes e atualizadas.

Com o avanço da tecnologia e a mudança na mentalidade tanto dos clientes quanto dos profissionais, é crucial repensar como encaramos o marketing. O modelo H2H incorpora "design thinking", lógica de serviço e as mais recentes inovações digitais, oferecendo um caminho para encontrar significado em um mundo complexo. Ao adotar essa perspectiva, as empresas podem estabelecer conexões autênticas e profundas com seus clientes, proporcionando valor genuíno e tratando-os como indivíduos, não apenas números. Este movimento representa um renascimento para o marketing, tornando-o não apenas estratégico, mas também humano.

Considerando o cenário atual, fica evidente que alterar a execução das estratégias de marketing sem uma correspondente mudança na mentalidade sobre o marketing pode resultar em práticas inadequadas.

A evolução da publicidade oferece um insight interessante. Tradicionalmente, a publicidade interrompeu programas ou leituras para transmitir sua mensagem. Isso era aceitável em intervalos comerciais durante programas ou em anúncios entre o conteúdo de revistas ou jornais.

No entanto, a inserção de anúncios estilo pop-up durante a leitura se torna inconveniente. Obrigando a audiência a assistir 15 segundos de publicidade para ver um vídeo de apenas 30 segundos é perturbador. E quando um pop-up de oferta interrompe uma operação bancária importante em um aplicativo, a publicidade se torna irritante. Isso levanta questões sobre sua aceitabilidade. Será que ganhar um ou dois clientes justifica o impacto negativo em milhões?

A precificação apresenta desafios ainda mais sérios. No início, o marketing influenciou a adoção de preços fixos com base no mercado e na qualidade do produto, o que foi bem recebido por proporcionar previsibilidade. Hoje, porém, navegamos em um mar de variáveis como preços dinâmicos, flexíveis e ofertas relâmpago.

Os gestores de marketing utilizam softwares avançados e táticas de precificação para maximizar a lucratividade. Mas a que custo para o consumidor? Especialmente quando este está em situações vulneráveis?

Por exemplo, farmácias online frequentemente oferecem preços consideravelmente mais baixos do que os nas lojas físicas da mesma rede. Mas o que dizer da pessoa que precisa urgentemente do medicamento ou não tem experiência com compras online? Ou daqueles que confiam no farmacêutico para orientar suas escolhas com segurança? Deveriam pagar um preço mais alto? Isso não seria um exemplo de marketing potencialmente antiético ao explorar consumidores vulneráveis?

Essas práticas, entre outras que frustram os consumidores, têm contribuído para uma visão negativa do marketing na sociedade, algo que deveria ser evitado. Isso pode ser resultado da evolução rápida das técnicas de marketing, que talvez tenham superado nosso entendimento ético sobre o marketing.


O marketing precisa ser reavaliado para o contexto atual.

Philip Kotler uma importante figura influente no campo do marketing, creditado por fundar o conceito do marketing moderno e exercer uma influência contínua tanto na academia quanto nas práticas empresariais, colocou o consumidor no centro das estratégias, e agora está engajado no movimento do Marketing H2H para reformular as práticas de marketing nas empresas da era pós-industrial.

O livro "Marketing H2H: A Jornada para o Marketing Human to Human" explora a evolução do pensamento em marketing como tema central. Além de discutir essa nova abordagem, o livro oferece processos e ferramentas para integrar essa mentalidade na estratégia e gestão de qualquer empresa.

O Marketing H2H não é apenas um novo paradigma para os negócios; é um imperativo crescente para empresas que desejam manter-se relevantes e competitivas. Exemplos como Nubank, Amazon e Mercado Livre mostram que empresas que cultivam relacionamentos humanizados não apenas expandem sua base de clientes, mas também alcançam crescimento acima da média.

Além de impulsionar o crescimento empresarial, o Marketing H2H também se torna crucial para a sustentabilidade planetária. Sem humanizar as relações entre empresas e pessoas, corremos o risco de perpetuar relações distópicas de curto prazo, com impactos negativos para o planeta e para as interações humanas a longo prazo.

Assim, é essencial adotar novos paradigmas tanto no marketing quanto nas empresas em geral, em benefício do planeta e das relações humanas.



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